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cria de andorinhão preto no chão. caída do ninho.


AVES NO CHÃO

Uma situação cada vez mais comum é encontrarmos no jardim ou no passeio, uma ave adulta ou uma cria que caiu prematuramente do ninho. Os adultos podem colidir com algo ao tentar aceder ao ninho e cair atordoados no chão. Já alguns filhotes, motivados por excesso de curiosidade e imprudência, esgueiram-se excessivamente para fora do ninho, acabando por cair. As crias também podem cair quando são forçadas a abandonar o ninho devido ao calor sufocante dos dias mais quentes do ano. As aves caídas no chão não conseguirão sobreviver e por isso é urgente ajudá-las. 
 

Apanhar e Diagnosticar

Pega na ave com cuidado, mas com firmeza, não deixando "espaço" para que ela se debata na tua mão, pois pode danificar as penas. Não tenhas medo! Ela irá agarrar-se firmemente à tua mão utilizando as unhas. Verifica se que o que encontraste é um ave adulta atordoada, uma ave ferida ou uma cria. A forma de saber se a ave que temos na mão pode voar (adulto ileso) ou não, é simples. Coloca a mão que segura a ave à altura do rosto num local em que a ave tenha espaço para voar (espaço amplo, pois pode ser difícil para ela ganhar altura) e abre simplesmente a mão. Uma ave adulta saudável voará para longe, um adulto ferido provavelmente tentará voar sem sucesso e, se for uma cria, esta agarrar-se-á à tua mão para não cair. Em caso algum faz a ave voar atirando-a para cima ou largando-a. Se se tratar de uma cria ou de uma ave incapaz de voar, a ave deve ser entregue às autoridades ou transportada para o Centro de Recuperação de Animais Selvagens mais próximo com a maior brevidade, de forma a receber atendimento profissional. 

AVISO: Se encontrares uma ave que precise de ajuda, a melhor opção é sempre encaminhá-la para um Centro de Recuperação de Animais Selvagens. A detenção e criação de aves selvagens não são permitidas pela legislação em vigor e podes ser penalizados se a tentares recuperar em casa. Deve-se sempre notificar imediatamente as autoridades competentes para que se encarreguem do transporte do animal.

Acomodar a ave

Quando encontras uma ave ferida o ideal é que não a tenhas muito tempo na mão, ao manipular a ave corres o risco de piorar as lesões que tenha ou mesmo causar novas lesões ou outras complicações. Deves colocar a ave num ambiente calmo para que não se debata e, com isso, agrave as suas lesões ou danifique as suas penas. As penas das crias, que estão em pleno desenvolvimento, são extremamente frágeis e caso não estejam em perfeitas condições no final do verão as aves nunca conseguirão efetuar a migração de que dependem para sobreviver. Para que a ave fique confortável e segura, guarda-a numa caixa arejada (uma caixa de sapatos com furos na tampa funciona perfeitamente) com papel absorvente na base e tenta manter a caixa num sítio calmo. Como nem sempre existe por parte das autoridades a disponibilidade para fazer o transporte de imediato, a caixa deve ser guardada numa sala fechada, pouco ruidosa e longe do alcance de animais domésticos, como cães e gatos.

Primeiros socorros

Se não for possível encaminhar a ave de imediato para um centro de recuperação e a ave não tiver lesões aparentes (não tem asas penduradas e move-as normalmente, assim como as duas patas), mas parece "sem energia", devemos avaliar duas opções: hipotermia ou desidratação. Se encontrarmos a ave ao amanhecer depois de uma noite fria, pode ser o primeiro caso (pode ter passado a noite no chão), por isso devemos colocá-la num local calmo (caixa) e aquecido (dentro de nossa casa) para ver se recupera. Não deves usar fontes de calor a menos que seja uma botija de água quente sempre sem tocar diretamente na ave. Se a encontrarmos em pleno sol num dia quente pode estar desidratada. Nesse caso podes usar soro fisiológico, que pode ser adquirido em qualquer farmácia. Mergulha o palito no soro e com muito cuidado coloca uma gota no canto do bico. Verás como a ave bebe rapidamente. Dá-lhe várias gotas e mantém-na sob observação até ser recolhida pelas entidades oficiais e seja levada para um centro de recuperação. 

 

COISAS QUE NUNCA DEVES FAZER 

Mesmo que esteja calor e a ave pareça sufocada: nunca a deves molhar para a arrefecer...

Isso pode matá-la em poucas horas.

Jamais submerjas o bico para lhe dar de beber! Se a água entrar nas suas narinas (orifícios no bico por onde respira),

a água penetrará no seu sistema respiratório e muito provavelmente terá uma morte dolorosa por pneumonia.

Não a alimentes, mesmo que mostre sinais de fome.

As aves estão adaptadas a passar várias horas sem comer e uma alimentação inadequada pode causar graves problemas.

Nunca lances uma ave para ver se ela voa!

Se não voar por ela da tua mão, levantada à altura dos ombros, é porque precisa de ajuda!

CONTACTOS ÚTEIS

 

AUTORIDADES

SEPNA | Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente, GNR | 217 503 080

SOS Ambiente e Território | 808 200 520

BRIPA PSP | Brigadas de Proteção Ambiental da Polícia de Segurança Pública | 217 654 242

ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas

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CENTROS DE RECUPERAÇÃO

CRFS | Centro de Recuperação de Fauna Selvagem do PNPG, Gerês | 253 390 110

CRAS-HVUTAD | Centro de Recuperação de Animais Selvagens do Hosp. Veterinário da UTAD, Vila Real | 935 180 020

CIARA | Centro de Interpretação Ambiental e de Recuperação Animal, Torre de Moncorvo | 279 254 058

CRF-PBG | Centro de Recuperação de Fauna do Parque Biológico de Gaia | 227 878 120 

CERVAS | Centro de Ecologia,Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens, Gouveia | 919 457 984

CERAS | Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens, Castelo Branco | 963 957 669

CRASM | Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Montejunto | 910 024 789

LX-CRAS | Centro de Recuperação de Animais Silvestres de Lisboa |  218 170 200 (via CIM)

CRASSA  | Centro de Recuperação de Animais Selvagens de St. André | 925 403 833

RIAS | Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens, Olhão | 927 659 313

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