O declínio das populações de andorinhas e de andorinhões está, entre outras razões, relacionado com o declínio das populações dos invertebrados de que se alimentam. Foi recentemente publicado um relatório sobre o estado das populações de borboletas no Reino Unido e os resultados são desanimadores: 80% das espécies são menos abundantes e a sua área de distribuição diminuiu. Embora as borboletas não sejam a presa mais comum para andorinhas e andorinhões, este grupo evidencia o que está a acontecer aos insetos um pouco por toda a Europa.
No nosso país, infelizmente não temos dados que nos permitam dizer o que está a acontecer às borboletas. Em Portugal, 2023 será o quinto ano em que se faz um esforço concertado para a monitorização de borboletas, estando cerca de 80 locais a serem amostrados, graças à Tagis - Centro de Conservação das Borboletas de Portugal e a todos os que se associaram a esta iniciativa. É um esforço louvável e de felicitar, mas ainda insuficiente e incomparável com o que se faz noutros países.
Preservar andorinhas e andorinhões tem de passar também pela preservação dos insetos de que se alimentam. Para isso é necessário promover usos do solo que beneficiem os invertebrados e a biodiversidade em geral e travar o uso generalizado de químicos, sobretudo inseticidas!